Para iniciar o trabalho com tecnologias na escola, é necessário saber como explorar o potencial de informação e comunicação na aprendizagem.
O Governo Federal propõe a mudança do modelo de laboratórios de computadores para uso dos alunos. Todos terão acesso aos computadores conectados à internet. Foram entregues os computadores e providenciada a infraestrutura correspondente. Ao mesmo tempo, especialistas foram chamados a colaborar com governo estadual para realizar a formação em serviço, presencial e a distância dos docentes e gestores das escolas, com acompanhamento de avaliação de todo processo.
Alunos e familiares estão confiantes. Mas e os professores? Como estão diante dessa responsabilidade?
Muitos com receio,outros se negam a participar da cultura digital e outros ansiosos. Vamos tentar oferecer compreensão e apoio.
Todas as tecnologias têm tido uso tradicional em educação, tanto na cultura oral, em que os mais idosos transmitiam aos mais novos, como no surgimento da escrita e também na revolução da imprensa, em que o texto impresso passou a armazenar e permitir amplo acesso ao conhecimentos das gerações anteriores, até as novas mídias de ilustrações, fotos e filmes, telefone e televisão.
As tecnologias analógicas serviram como próteses: expandiram os poderes mecânicos e sensoriais do ser humano, sua percepção e memória. Mas as tecnologias digitais servem para expandir seus poderes cognitivos. Elas podem ser usadas para empoderar per-cepções e memórias, mas também para libertar seu pensamento no uso e na construção da criatividade, do virtual, na ampliação e no desenvolvimento do juízo lógico e da consciência. Podem ser próteses cognitivas.
Os estudos e as pesquisas que temos realizado nos últimos 20 anos sobre a interação das crianças e dos jovens com as tecnolo-gias digitais nos permitem comprovar que uma nova inteligência está se desenvolvendo nas novas gerações que crescem incluídas na cultura digital. Para cooperar com os professores que corajo-samente assumem essas novas funções – transformar as práticas pedagógicas na convivência escolar – estamos apresentando este conjunto de informações. O propósito não é oferecer “manuais”, receituários para reprodução, nem “ferramentas de ensino” que não servem à revolução que estamos acompanhando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário